Resenha: Behemoth – “Opvs Contra Natvram”
O Behemoth é sem dúvidas uma das entidades mais poderosas e marcantes da música extrema. Trazendo este ano seu novo pedaço de blasfêmia, a banda lança seu 17º disco de estúdio, intitulado “”Opvs Contra Natvram”, lançado pela Nuclear Blast.
Neste novo registro, a banda continua a trabalhar uma sonoridade mais complexa, e consegue amadurecer seu som, passando por tantas fases e momentos, saindo da labuta do underground e chegando ao mainstream em definitivo, principalmente com o lançamento de “The Satanist“, hoje, o reflexo do duro trabalho de Adam “Nergal” e sua trupe, é recompensado com aclamações pelo mundo a fora, a cada novo álbum, e provavelmente as coisas não serão diferentes por aqui.
A abertura com “Post-God Nirvana” é aqueles ambientes densos que a banda pratica e logo chegam com a visceral “Malaria Vulgata“, com a banda afiada e brutal como sempre soa. “The Deathless Sun”, já conhecida do público por ter sido escolhida para single, é uma das melhores faixas por aqui. Rápida, pesada, mas ao mesmo tempo melódica e densa, com abertura em vozes harmoniosas, que permeiam a faixa toda, além de um solo lunático. “Ov My Herculean Exile” é a sequencia e parece ter saído direto de “The Satanist” e é uma boa candidata aos encerramentos climáticos dos shows da banda. “Neo-Spartacus” é uma volta a origem mais direta da banda, soando como a visceral levada crua do death metal, com um ótimo groove e um trabalho impecável de bateria de Infernus. E por falar no baterista, ele brilha em “Disiheritance”, levando a música com linhas complexas e carregada de feeling e técnica impecável. “Off To War” me remeteu ao Dimmu Borgir de “Puritanical Euphoric Misanthropia”. Veloz e com vozes eletrônica em sua metade, é um grande momento em mostrar como a banda está sem medo de experimentar. Indo ao final, “Versus Christus” é sombria e ao mesmo tempo uma execução perfeita de metal extremo. Com quebradas e mudanças de ritmo, a música fecha o disco como o Behemoth gosta de fazer. Teatral e marcante!
O mundo é dominado mais uma vez pelos demônios e assim, eles lançam mais um bom momento de sua carreira. Talvez para alguns, esse seja o ponto final como seguidor do Behemoth, pois eles cravam que não são mais a banda de uma década atrás e tudo se renova e irá continuar nesse caminho nos próximos passos que forem dados. Aos que não ligam para rótulos ou cartilhas, certamente irão se encontrar por aqui.
NOTA: 8
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